Projeto Ficção - Cia. Hiato
 
Livro contém as 6 dramaturgias dos solos de Ficção e a dramaturgia de 2 Ficções, além de prefácio escrito por Mariana Delfini.
 
Sobre os textos:
 
FICÇÃO
A partir de relatos biográficos dos atores da companhia, criam-se instalações dramatúrgicas e cênicas complementares que questionam a necessidade de ficção e nossa impossibilidade de
abandoná-la, dissecando em cena um processo cênico e expondo os limites (ou intersecções) entre vida e criação artística. Centrados nas relações dos atores com seus familiares, os seis
solos apresentam-se como depoimentos ficcionais, em que as ideias de “intimidade” e “documento” são indissociáveis. 
 
Os solos:
 
Luciana Paes [de barros]
Maria Amélia [bethovem] Farah
Thiago [campos] Amaral
Aline [moreira] Filócomo
Paula Picarelli [ribeiro porto]
Fernanda Stefanski [bernardes]
 
 
2 FICÇÕES
Os experimentos biográficos de Ficção são retomados, agora emoldurados por uma nova situação ficcional: a apresentação de um espetáculo não finalizado. A companhia se coloca diante de realidades que a ficção não pode reparar: a proximidade da morte e aquilo que não retorna. A presença do diretor em cena, em uma espécie de depoimento-palestra, reforça a metalinguagem do espetáculo e evidencia uma dupla ficção: o que foi e o que poderia ter sido são vistos paralelamente, em cenas inacabadas. Este quinto espetáculo da Cia. Hiato foi realizado em coprodução com um dos mais importantes festivais de teatro da Europa, o KunstenFestivaldesArts, de Bruxelas.
 
Sobre a Cia. Hiato
 
Em 2018, a Cia. Hiato comemorou dez anos desde a estreia de seu primeiro espetáculo. Nesse período, o projeto artístico da companhia foi compartilhado com o público através de sete espetáculos, que associam memória e invenção, alicerçados em dois pilares fundamentais. O primeiro deles é a investigação de novas dramaturgias, que vão desde a escrita linear, que é multiplicada e fracionada constantemente (Cachorro morto), passando por um mapa textual cujas lacunas são expostas a partir de diferentes perspectivas (Escuro – Prêmio Shell de Melhor Autor, Cenário e Figurino; Prêmio CPT de Melhor Dramaturgia e Projeto Visual), ou por uma estrutura fractal, simultânea e fragmentada que simula os procedimentos mnemônicos (O jardim – Prêmio Governador do Estado 2011, Prêmio APCA de Melhor Direção, Prêmio Shell de Melhor Autor e Cenário), e também o depoimento autoral que questiona procedimentos de representação e autoria (Ficção – 3 indicações ao Prêmio Shell 2012, Prêmio Questão de Crítica de Melhor Ator) e 2 Ficções (coprodução com o KunstenFestivaldesArts/Bruxelas 2014), o abandono da pessoalidade, da metalinguagem e da biografia para pensar o outro, aquele que normalmente é excluído do palco ou que só aparece nele como representação ou discurso (Amadores – Indicado à Melhor Direção APCA – 2016). O segundo pilar é a autoria dos atores, impressa na transformação de biografias em ficções, alinhavando referências literárias a memórias – entre o discurso artístico e o depoimento pessoal, entre o indivíduo e o coletivo, entre o público e o privado –, o que, em 2018, na comemoração dos dez anos da companhia, rendeu o espetáculo Odisseia (indicado ao Prêmio Shell, categoria “Inovação”, e eleito o melhor espetáculo do ano pela Folha de S. Paulo).
Comemorando 10 anos de existência (2018), a companhia se consolida como um coletivo brasileiro com projeção na cena teatral internacional, tendo se apresentado em importantes
palcos e festivais nacionais e internacionais – Alemanha, Áustria, Bélgica, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Holanda, Grécia e Romênia, entre outros.
 
Ficha técnica:
Peso: 250g
Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm
Nº de páginas: 216
ISBN: 978-85-5876-020-1
Ano: 2019
Projeto gráfico e diagramação: Amanda Goveia e Vitor Carvalho