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Iti ka bati ka - Tudo ou Nada é a primeira obra dramatúrgica publicada por Alice K., diretora, investigadora das artes cênicas e professora do Curso de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da USP, e traz ilustrações do ator e iluminador Bruno Garcia.

 

Sinopse
Dona Azuma sente a morte chegar aos noventa e seis anos de idade. Vai morar com a filha, para se preparar para seu fim.  Mas antes, terá muito o que fazer.  O seu dia a dia é atravessado por lembranças de acontecimentos do passado que irrompem a todo momento. E há a pandemia… 

 

Iti ka bati ka 一か八か é uma expressão japonesa usada quando se assume um risco ousado, com desejo de boa sorte.  Trata-se de um kotowaza, provérbios japoneses muito populares na cultura nipônica, transmitidos por gerações.  Em português, pode ser traduzido como “oito ou oitenta” ou “tudo ou nada”. 

 

A obra, narrada em pequenas cenas – que podem ser pequenos contos também –, foi escrita em tempo especial. Dona Azuma, aos 96 anos, sentia que a morte se aproximava. Durante a pandemia, D. Azuma foi morar com a filha e, nesse encontro diário, é atravessada por lembranças e acontecimentos que irrompem a todo momento.   

 

A autora começou a anotar essas recordações. “Tudo ou nada tem a ver como a minha família vê o mundo. Meus avós já perderam tudo, vieram para o Brasil. Nunca nada é no meio, sempre é tudo ou nada”, diz Alice K. “Minha mãe era menina e vai acompanhando a saga da família. Já no navio para o Brasil, perde um irmão, lançado ao mar antes de chegar aqui. Um outro irmão, pouco tempo depois. Essas e outras lembranças só pude escutar quando tudo parou. Todo dia ela contava uma coisa e fui anotando”, completa.

Os três capítulos, “O mundo a girar”, “Se não me falha a memória” e “(des) aparecimentos”, costuram presente, passado e um tempo sem tempo, perdido na memória.  Há os remédios que se precisa tomar, as confusões temporais nos diários do amanhã, as aventuras com o saquê e a seda que a família produzia no Japão, os exercícios que ambas fazem durante o isolamento. O tempo se dilata, há lacunas entre falas, um mundo em suspensão”, conta. 

 

Sobre a autora:
Alice K. Yagyu é diretora teatral, pedagoga e investigadora de artes cênicas.  Foi atriz do Grupo Ponkã, coletivo de artistas nipodescendentes, surgido nos anos oitenta, coordenado pelo ator e diretor Paulo Yutaka.  Atuou nas obras Pássaro do Poente, Mishima e Qioguem.  Nos anos noventa, dedicou-se, no Japão, ao treinamento do ator  e Kyogen (drama e comédia clássica do século XV), do Rakugo (arte narrativa performática do século XVII) e do Butoh (dança japonesa surgida no pós-guerra).  Dirigiu e atuou em O Manto de Plumas - Hagoromo (1994)transcriado pelo poeta Haroldo de Campos; e em Vento da Espera - Matsukaze (1997)ambas, peças-poema , de autoria do dramaturgo e ator Zeami Motokiyo (1363-1443).

Dirigiu as obras Qioguem!?  (CCSP, 2005), Morte e vida Severina (TUSP, 2006), A Pérola (2007), Polaroids (2008), Carícias (2009), Caderno da Morte (SESI, 2008), com alunos de artes cênicas da UNICAMP.   Atualmente é docente e pesquisadora teatral no Curso de Artes Cênicas da ECA/USP. Com o Núcleo HANA, que dirige, vem investigando as narrativas lado B da imigração japonesa no Brasil. Traduziu e dirigiu a leitura dramatizada de Toca de Cupins (Shiroari no Su)de Yukio Mishima e coordenou a montagem de ExtraOrdinários (2013)criação coletiva de narrativas em biodrama.  


Sobre o ilustrador:

Bruno Garcia é ator e iluminador cênico, foi aluno da Alice na UNICAMP. Com a Alice realizou os espetáculos Oversized e Caderno da Morte, este último uma adaptação teatral do mangá Death Note. O mundo dos quadrinhos é frequente em seu trabalho, adaptando obras de Neil Gaiman e Marjane Satrapi para a cena.

 

Ficha técnica:

Peso: 160g

Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm

Nº de páginas: 144

ISBN: 978-65-87635-25-5

Ano: 2023

Projeto gráfico da Coleção Teatro Contemporâneo: Amanda Goveia e Vitor Carvalho
Capa e diagramação: Vitor Carvalho

Iti Ka Bati Ka - tudo ou nada

SKU: 978-65-87635-25-5
R$ 35,00Preço
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