Sinopse:
Há espaço para todos os corpos? Quais corpos são apagados para que outros corpos possam viver livremente? Esse corpo é meu ou seu? Esta coletânea traz dramaturgias que refletem sobre diversas pautas que necessitam ser discutidas na busca de respostas: a solidão e silenciamento da mulher negra, a violência contra corpos femininos (cis e trans), o domínio do patriarcado, as ógicas entre memória e esquecimento no corpo da mulher negra e seus movimentos de resistência e cura.
A publicação conta com prefácio escrito por Sol Miranda e ilustrações criadas por Nazura.
Sobre as dramaturgias:
VOLVERE VENTO
“É esse martírio todo dia pra começar!”, assim começa Volvere Vento, que conta, ou deveria contar, a história de três prostitutas que trabalham para um cafetão, uma delas tentaria sair desse sistema de opressão, morreria e fim. A obra extrapola o drama pela polifonia dessas mulheres, expandindo suas individualidades e complexidades. Essa história poderia ser qualquer uma, mas por acaso, é a das três prostitutas, que na tentativa incessante de escapar desse sistema, se perguntam: “Onde vamos?”, e aí “[...] é esse martírio todo dia pra começar!”
SANKOFA: ONDE COMEÇOU MINHA SOLIDÃO?
Na tentativa de apresentar seu espetáculo, a atriz sente um incômodo físico incontrolável. Se vê também perseguida por um vulto branco que a assombra, não consegue desempenhar o papel que lhe foi entregue. SANKOFA atravessa seu corpo, e como um pássaro solitário ela viaja e revisita seu passado para encontrar seu futuro. No movimento de reviver suas memórias, se questiona: Onde começou minha solidão?
ELEFANTE
Há uma presença estranha na sala, uma mulher sobre a qual ninguém comenta. No seu aniversário de 70 anos, Célia, uma mulher que sofre de Alzheimer, recebe a visita de seu neto mais novo, e de um amigável vizinho. Numa volta de 360º, a presença estranha toma toda a sala, e o incômodo se torna insuportável. Entre vítimas e culpados, quem são os esquecidos? Quem são os lembrados?
Sobre os autores:
ANA MOTA é atriz e pesquisadora, é graduada em Teatro pela Universidade Anhembi Morumbi, mestranda em Teatro, Performances e Sociedades na Universidade Paris 8, explorando a imigração no corpo da mulher negra em cena. Fundadora do Grupo Talvez Elizabeth em 2014, possui em currículo inúmeros workshops e seminários, feitos no Brasil e na França. Em sua experiência como integrante do Grupo de Pesquisa Entre Atlânticas, no SESC Pinheiros e no Grupo Talvez Elizabeth foi atriz, mediadora, produtora e dramaturga.
BEATRIZ NAUALI é atriz, dramaturga, produtora cultural e pesquisadora. Bacharela em Artes Cênicas pela Unicamp e doutoranda em Artes Cênicas pela Unesp. Pesquisa na área de Estética e Políticas Cênicas, sobre práticas cênicas e dramaturgias afrobrasileiras e atlânticas. É autora das peçaas: C.R.I.A.S, A Lâmpada do Berro, Constelação e Desova: uma reza pro sol, publicada pela Editora Javali. Além disso, atua como diretora de produção da Mobatará Firma Cultural e é membro ativa no Grupo de Pesquisa Entre Atlânticas.
DIDDÌO GONÇALVES é Pós-graduado em Direção Teatral pela ESACH, com publicação na revista Olhares; Bacharel e Licenciado em Teatro pela UAM. Foi professor no SENAC de Pindamonhangaba e no SESI-SP Vila Leopoldina no curso de pós-graduação, além de compor a equipe do curso técnico em teatro musical. Até o momento, além dos projetos com o Grupo de Pesquisa Entre Atlânticas, é diretor de produção do documentário média-metragem, Papo na Panela, aprovado pela Lei Paulo Gustavo em Sabará/MG.
RENAN NOVAIS é ator, dramaturgo e arte-educador formado pela Universidade Anhembi Morumbi e em Dramaturgia pela SP Escola de Teatro. Destacou-se na dramaturgia e atuação no espetáculo-vídeo FESTA!, em 2021, e atuou em produções como Travessia Brasil, Estação Vivaldi e Fuga do Planeta Melancia, entre outras. Indicado ao prêmio de melhor dramaturgia no Festival de Teatro de Teófilo Otoni com o espetáculo Volvere Vento, também é autor de espetáculos de rua, como O Cabra que Varreu a Lua e O Menino que Ganhou o Mundo.
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R$ 40,00Preço
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