Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos foi escrito pela premiada dramaturga Dione Carlos, e o espetáculo foi montado junto à Companhia de Teatro Heliópolis, em 2022. Além do prefácio escrito pela própria autora, o livro conta com fotografias de cena feitas por Rick Barneschi, e três textos críticos sobre espetáculo escritos por: Amilton de Azevedo, Kil Abreu, Rodrigo Nascimento e Welington Andrade.
Sinopse:
As irmãs Maria Dos Prazeres e Maria Das Dores têm a vida marcada pelo encarceramento dos homens da família: primeiro, o pai; depois, o companheiro de uma; agora o filho da outra. Dentro do presídio, o jovem Gabriel – que sonha em ser desenhista – aprende as estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerente ao sistema carcerário. Naquele microcosmo, a violência dita as regras e não poupa os considerados fracos ou rebeldes. Fora dali, em suas comunidades, as mulheres – mães, filhas, afilhadas – buscam alternativas para, ao menos, tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro. Outros horizontes são possíveis? Os saberes ancestrais resistiram à barbárie e atravessaram os séculos nos corpos, nas vozes e nas crenças das e dos africanos que, escravizados, fizeram a travessia do Atlântico. Iansã, Rainha Oyá, deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo, não abandonou seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade. O título da peça faz referência às mulheres que transmutam as energias de violência e morte e reinventam realidades.
Sobre a autora:
Dione Carlos é dramaturga, roteirista, atriz e curadora. Escreveu dezenas de peças encenadas no Brasil e no exterior, por grupos como: Cia Capulanas de Arte Negra, Cia Livre, Coletivo Legítima Defesa e Companhia de Teatro Heliópolis. Foi agraciada com os Prêmios Shell e APCA 2022 na categoria Dramaturgia. Roteirista responsável pelo documentário Elza Infinita (2021), ganhador do prêmio de melhor documentário no Festival Internacional de Nova Iorque.
Em 2021, foi selecionada para participar do Black Women Theatre Makers realizada pela PlayCo, de Nova Iorque, EUA. Em 2019, representou o Brasil no Dia Internacional da Língua Portuguesa, na Grécia. Criou roteiros para diversos canais e atualmente trabalha na Rede Globo. Foi orientadora artística da Escola Livre de Teatro de Santo André no Núcleo de Dramaturgia. Ministra oficinas de dramaturgia pelo país.
Ficha técnica:Peso: 240g
Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm
Nº de páginas: 128
ISBN: 978-65-87635-37-8
Ano: 2024
Projeto gráfico: Amanda Goveia e Vitor Carvalho
Diagramação e capa: Vitor Carvalho
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SKU: 978-65-87635-37-8
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