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Brasis reúne 20 dramaturgias selecionadas por meio da Convocatória Brasis – Seleção Nacional de Dramaturgias Inéditas, que recebeu mais de 250 inscrições de todo o país. As obras, representativas das cinco macrorregiões brasileiras, compõem um panorama múltiplo da escrita teatral contemporânea. Os textos estão distribuídos em três volumes — Brasis Vol. 1, 2 e 3 —, cada um com 224 páginas.  A curadoria do projeto Brasis foi realizada pelos artistas e pesquisadores: Anderson Feliciano, Assis Benevenuto, Soraya Martins e Marcos Coletta.

 

O volume 3 traz os/as seguintes autores/as e suas respectivas dramaturgias:

 

Liquidação, de Fernando de Carvalho (DF)

Liquidação é uma peça de reflexões sobre a estética e a ética do supermercado , relacionadas à condição existencial. No país imaginário onde tudo está à venda, em um grande galpão mundial, personagens andam por gôndolas e prateleiras , enquanto fazem depoimentos profundos ou superficiais sobre suas posições de clientes/máquinas do mundo do mercado. O consumismo não é mais a questão.

 

Fernando de Carvalho (Brasília – DF, 1986) é bacharel em Artes Cênicas pela UnB e possui formação em Direção Teatral em Buenos Aires. Atua como dramaturgo e diretor teatral. Desenvolve trabalhos em diversas áreas da cena teatral com destaque na pesquisa em bufonaria contemporânea e dramaturgias animais, minerais e vegetais.

 

Enterrar Francisco ou quenturas, de leonardo crusoé (BA)

No interior da Bahia, onde mulheres enterram as placentas dos bebês ao nascer, Francisco cresce odiando a vida. Após uma série de infortúnios e abandonos, ele resolve regressar ao útero e ser feto debaixo da terra.

 

leonardo crusoé (Salvador – BA, 1999) é bacharelando em Artes Cênicas pela UFBA e membro da Cia Acerola de Teatro, onde desenvolve seus trabalhos artísticos em todas as áreas da cena. Entre os últimos trabalhos estão a dramaturgia e direção dos espetáculos Karina (2025), Jacinto Morto (2024) e Ibeji da Casa Grande (2023).

 

La chica que matou Almodóvar, de Raquel Castro de Souza (MG)

Uma atriz com vocação artística, mas sem talento ou dinheiro, comete um ato horrível e deseja confessar tudo nos mínimos detalhes diante de uma câmera e aos olhos do público. Iguanas, calangos e jacarés fazem parte de suas motivações para a trama dessa história, que termina no fundo de um freezer de bar.

 

Raquel Castro de Souza (Belo Horizonte – MG, 1983) é graduada em Música pela UEMG, formada como atriz pelo Teatro Universitário e possui mestrado e doutorado em Artes da Cena pela UFMG. Atua como professora e pesquisadora no Departamento de Artes Cênicas da UFOP. Desenvolve pesquisas em atuação e direção teatral, com destaque para a criação do coletivo Mulheres Encenadoras (BH).

 

Valsa para quem fica, de Felipe Moratori (MG)

Na cidadezinha de Campo dos Ipês, uma professora recém-chegada tenta compreender uma comunidade marcada por perdas e segredos. Entre rachaduras geológicas e emocionais, ela encontra moradores que acabam “dançando a três” com a Morte, que ali tem a aparência de um casal sóbrio e elegante, prestes a entrar em crise.

 

Felipe Moratori (Juiz de Fora – MG, 1988), mestre em Artes Cênicas (UFOP) e licenciado em Letras (UFJF), é ator, dramaturgo, diretor e professor de teatro. Fundador da Sala de Giz, companhia de repertório autoral. É puri em retomada e integra o coletivo indígena Krauma. Em suas obras, investiga Minas Gerais como território mítico, entre memória e fabulação.

 

• O chão que afunda debaixo dos pés, de Daniela Beny (AL)

Três Marias, três mulheres negras de uma mesma família, três gerações de benzedeiras que moram ou moravam em um bairro ameaçado de afundar por conta da exploração desenfreada de minérios do subsolo. Este texto busca, de forma poética e quase silenciosa, apresentar memórias de moradores que viveram ali ao longo de um século, mas que veem suas vidas desmoronando a partir do momento em que precisam deixar suas casas às pressas. Também busca refletir sobre o contexto sociopolítico atual de Maceió — mas poderia se referir a qualquer cidade vítima da exploração capitalista — e apresenta o elemento do misticismo das benzedeiras, que, muitas vezes, são o único recurso de cuidado da saúde das comunidades mais carentes.

 

Daniela Beny (Maceió – AL, 1983) é formada em Teatro pela Universidade Federal de Alagoas e doutora em Artes Cênicas pela UFBA. Atua como professora da Licenciatura em Teatro da UFAL e faz parte da Invisível Companhia de Teatro. Desenvolve trabalhos na área de produção cultural e preparação de atores e atrizes, com destaque para pesquisas relacionadas às corporeidades e narrativas ancestrais afro religiosas. 

 

Salvation, de Paulo Salvetti (SP)

Esse texto conta a história de Paulo, que organiza uma festa surpresa de 40 anos para o irmão Renan, sem saber se ele conseguirá aparecer. Entre avisos, lembranças e o olhar atento da avó, a peça transforma a dor da perda em um universo onírico e fantasmagórico, explorando, pelo teatro, as marcas da tragédia e os preconceitos que cercam pessoas vivendo com HIV.

 

Paulo Salvetti (Piedade – SP, 1981) é formado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em Artes pelo Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua como escritor, ator e educador. 

 

Meriene no Jantar, de Giovana de Salles (PR)

A obra trata uma vingança por meio da subversão da linguagem. Acontece entre o fato e a fantasia vividos por uma menina, Meriene. Ela reconstitui e reelabora o abuso sexual sofrido ao brincar de esconde-esconde, e ao se transmutar e desintegrar identidades e identificações. O texto é rasurado, como é rasurada a imagem que uma criança possa ter formado sobre o que é familiar e confiável, depois de ter sido violentada.

 

Giovana de Salles (Londrina – PR, 1967) é diretora, produtora, performer, figurinista e autora. Pessoa autista. Bacharel em Artes Cênicas (1999). Especialista em acessibilidade, diversidade e inclusão, UNISE (2005). Em 2023, idealiza e funda a Cia Neurocênica.

 

Ficha técnica:
Peso: 410g
Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm
Nº de páginas: 224
ISBN: 978-65-87635-54-5
Ano: 2025
Projeto gráfico: Amanda Goveia e Vitor Carvalho
Capa e diagramação: Vitor Carvalho

Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e tem patrocínio da Blip.

 

Brasis Vol. 3 - vários autores

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