Com dramaturgia e direção de Renata Carvalho, Antígona Travesti está publicada em versão bilíngue português-inglês, com tradução de Soledad Yunge e apresentação escrita pelo pesquisador e crítico Marcos Antônio Alexandre (Faculdade de Letras – UFMG/CNPq). A peça estreou em outubro de 2025, em São Paulo. No elenco: Alice Guél, Andreas Mendes, Ave Terrena, Ayô Tupinambá, Daniele D'eon, Maria Lucas, Renata Carvalho e Thays Villar.
Sinopse
Antígona Travesti é baseado na tragédia grega de Sófocles. Nos dias de hoje, Tebas é uma megalópole que vive sob um regime autoritário, religioso e armamentista, depois que Creonte – o poderoso de Tebas – deu um golpe de Estado, fraudou eleições e ocupou as ruas com as forças militares e policiais. A filha mais querida de Antígona, Polinice, uma jovem travesti de 23 anos, é brutalmente assassinada no centro de Tebas. A traviarca Antígona, uma travesti de 45 anos, mantém uma ONG de direitos humanos e LGBTQIAPN+, além de uma casa que acolhe as que foram expulsas de suas casas. Antígona, ao tentar as honras fúnebres e de sepultura a Polinice, é informada sobre o decreto de Creonte, que proíbe o enterro com vestes femininas e nega seu nome na lápide. Inconformada, Antígona convoca uma reunião entre todas as travestis e mulheres de Tebas.
Sobre a dramaturga
Renata Carvalho é atriz, diretora e escritora, formada em Ciências Sociais. Natural de Santos–SP, onde iniciou sua carreira em 1996. Como transpóloga (antropóloga travesti), desenvolve uma pesquisa — a transpologia — que revela a construção social, carnavalesca, criminal, hipersexual, patológica, midiática e religiosa que permeia o imaginário do senso comum sobre corpos, identidades e vivências de pessoas trans e travestis, propondo a naturalização dessas presenças no convívio social e nas artes. Em 2017, fundou o MONART – Movimento Nacional de Artistas Trans e o “Manifesto Representatividade Trans”, que visam à inclusão, permanência, profissionalização e representatividade coletiva de artistas travestis/trans nos espaços de atuação e criação artística, além de pedir uma pausa na prática do transfake — quando artistas cisgêneros interpretam personagens trans/travestis. Seus textos de teatro publicados incluem Manifesto Transpofágico e Domínio público, ambos pela editora Monstra em 2021. Com seus trabalhos, no teatro e no cinema, já participou dos principais festivais nacionais e internacionais do Brasil, América Latina e Europa. No teatro: Manifesto Transpofágico (2019); O evangelho segundo Jesus, rainha do céu e ZONA! (2016); Dentro de mim mora outra (2012). No audiovisual: Apenas coisas boas (2025); Salomé (2024); Os primeiros soldados (2021); Pico da Neblina (2019–2021); Corpo, sua autobiografia (2021) e Vento seco (2020).
Sobre a tradutora
Soledad Yunge é tradutora, diretora teatral, arte-educadora e arteterapeuta. Formou-se em Artes Cênicas (ECA/USP) e ampliou sua trajetória no Reino Unido, na Desmond Jones School of Mime & Physical Theatre e na École Philippe Gaulier. Em 2024, concluiu o Mestrado Integrativo em Arteterapia no Instituto Grefart da Universidade de Girona/Barcelona. Desde 2007, é uma das diretoras artísticas e de produção da Cia. Arthur- Arnaldo, em São Paulo.
Ficha técnica:
Peso: 0.130g
Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm
Nº de páginas: 112
ISBN: 978-65-87635-50-7
Ano: 2025
Capa e diagramação: Letícia Naves
Projeto gráfico da Coleção Teatro Contemporâneo: Amanda Goveia e Vitor Carvalho
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SKU: 978-65-87635-50-7
R$ 40,00Preço
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