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Em A doença do outro, o ator e dramaturgo Ronaldo Serruya propõe o formato de uma palestra-performance para fazer uma análise sobre a história social de uma doença sem paradigmas na história da humanidade: a AIDS. E de como essa história social se inscreve no corpo de um indivíduo. A peça parte de conceitos extraídos do feminismo negro e da teoria queer para aproximá-los da ideia de OUTRO que perpassa os corpos positivos, corpos considerados perigosos e recusados, e os friccionando com relatos autobiográficos do próprio autor e performer da cena, que vive com HIV desde 2014. A peça é a elaboração de um discurso artístico para debater, criticar e confrontar como os estigmas em torno da doença foram construídos ao longo de 40 anos.
Junto à dramaturgia, também estão publicadas as críticas de Kil Abreu, Amilton de Azevedo e Ivana Moura. O prefácio é de João Silvério Trevisan.
Sobre o autor:
Ronaldo Serruya é ator e dramaturgo de um dos mais importantes grupos de teatro do país, o Grupo XIX de Teatro (SP), atuando nas peças Hygiene, Arrufos, Marcha para Zenturo, entre outras. Fundou o Teatro Kunyn, em 2009, um coletivo referência para as questões LGBTQIA+ nas artes cênicas, onde atuou e escreveu a dramaturgia das seguintes peças: Dizer e não pedir segredo, Orgia ou de como os corpos podem substituir as ideias (indicado ao prêmio APCA – melhor peça) e Desmesura (Premio Suzy Capó de obra mais transgressora, no 25º Festival MIX da Diversidade).
Como dramaturgo foi indicado como melhor autor ao prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (2018) pela dramaturgia da peça Hoje o escuro vai atrasar para que possamos conversar.
Seu texto A doença do outro, venceu o 7º Edital de Dramaturgia em pequenos formatos do Centro Cultural São Paulo e foi indicado ao Prêmio Shell de melhor dramaturgia em 2023.
Ficha técnica:
Peso: 210g
Tamanho: 18,5 x 12 x 0,4 cm
Nº de páginas: 112
ISBN: 978-65-87635-35-4
Ano: 2024
Projeto gráfico: Amanda Goveia e Vitor Carvalho
Diagramação e capa: Vitor Carvalho